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CESAR .


2022-09-19T00:00:00

Tecnologia


Tecnologias da Indústria 4.0: tudo que você precisa saber sobre cibersegurança

Na Quarta Revolução Industrial, as organizações são hiperconectadas com dispositivos e redes inteligentes. Entretanto, dois dos pilares da tecnologia — a automação e a transferência de dados — estão intimamente associados a preocupações com segurança cibernética.

Isso ocorre porque as informações e os ativos disponíveis na rede representam um alvo lucrativo para hackers, que podem explorar um número significativamente maior de pontos de entrada vulneráveis em redes e dispositivos. Assim, os ataques cibernéticos na infraestrutura e em setores industriais vitais tornaram-se mais frequentes, sofisticados e perigosos.

Como resultado, os ataques cibernéticos não são mais uma questão de “se”, mas “quando”. Por isso, as organizações devem entender os benefícios e os riscos potenciais de segurança cibernética que a implementação da Indústria 4.0 pode introduzir.

Com esse ponto em vista, trouxemos o que você precisa compreender sobre a cibersegurança e as suas políticas de segurança com o objetivo de proteger sistemas conectados em rede.

Cibersegurança para a IoT industrial

Embora diversas tecnologias habilitem a Indústria 4.0, a ameaça mais crítica reside na IIoT (Industrial Internet of Things), engenharia que permite que objetos em uma rede inteligente se comuniquem e interajam com os seres humanos no âmbito industrial. Essa tendência ao risco ocorre porque uma rede integrada pode ter mais pontos de acesso, o que aumenta as chances de violações de segurança.

Explicamos: o uso de dispositivos como sensores e a possibilidade de acesso remoto podem fornecer pontos de entrada para hackers, criminosos cibernéticos ou concorrentes do setor para obter acesso aos sistemas da planta.

Por isso, antes de implementar novas tecnologias, uma avaliação de risco cibernético deve ser realizada para fornecer uma compreensão completa das necessidades e das capacidades de segurança cibernética da empresa.

A segurança cibernética é habilitadora de uma Indústria 4.0 protegida

Quanto mais as indústrias se conectam, mais vulneráveis ​​elas ficam a ataques cibernéticos, porque há, significativamente, mais pontos de entrada para os hackers encontrarem e explorarem. Os hackers podem mirar nos dispositivos conectados que geram dados, nas redes que carregam os dados, nos servidores que os hospedam ou nos sistemas de informação que os usam.

Apesar de extremamente relevante, a cibersegurança não deve ser um obstáculo ao progresso nesse setor. As opções de contramedidas, inicialmente criadas para contemplar o público consumidor, precisam ser adaptadas para trabalhar também em ambientes industriais.

Principais riscos de segurança cibernética na IoT industrial

Como a interconexão também traz riscos significativos à segurança cibernética, dispositivos conectados e sistemas integrados criam múltiplos pontos de vulnerabilidade que podem ser explorados por hackers.

Entender esses riscos é fundamental para desenvolver estratégias eficazes de proteção e garantir a integridade das operações industriais. Confira quais são os principais riscos:

  • Ataques físicos: são aqueles direcionados para os componentes de hardware da IoT. Um exemplo ocorre quando agentes invasores têm acesso físico ao dispositivo e substituem ou danificam os componentes para obter acesso a informações confidenciais, como senhas de usuário ou para desativar certas funções;
  • Ataques de engenharia social: ocorre quando um agente assume uma identidade falsa ou cria um grande número de identidades falsas para enganar mecanismos de autenticação e transportar dados coletados;
  • Man-in-the-Middle (MITM): esse ataque visa coletar informações confidenciais ao interceptar a comunicação entre dois parceiros e, às vezes, até manipular os dados antes de encaminhá-los para a outra parte;
  • Vazamento de informações: os atacantes podem usar software e vulnerabilidade de serviços para roubar informações pessoais, como atacar serviços em nuvem mal configurados;
  • Ataques de rota: aqui, o invasor ameaça a disponibilidade da rede de comunicação local, propagando informações de rota falsas ou interrompendo os fluxos de comunicação.

Além da indústria se adequar e ficar alerta a esses ricos, ela também precisa garantir que seus funcionários sejam treinados e aprimorados cada vez mais a lidar com os desafios atuais e a se encaixar nos novos perfis de profissionais da área.

7 medidas para mitigar brechas e aumentar a cibersegurança

Para mitigar os ataques cibernéticos, é essencial adotar diversas contramedidas e implementar protocolos de segurança robustos. A seguir, destacamos algumas dessas medidas:

1. Módulos de avaliação de risco

À medida que mais dispositivos se conectam a uma rede compartilhada, torna-se mais desafiador para as equipes de TI identificar e gerenciar os riscos. Nesse sentido, durante o projeto de soluções focadas em IIoT, é fundamental construir o Threat Modeling, que é o processo onde são identificados e analisados todos os potenciais riscos de vulnerabilidade dos ativos digitais e físicos.

Além disso, o Threat Modeling também envolve a avaliação das possíveis ameaças e a elaboração de estratégias de mitigação para proteger os sistemas contra ataques cibernéticos e outros incidentes de segurança.

2. Integridade do hardware

A integridade do hardware é uma preocupação significativa ao configurar sistemas IIoT, visto que a configuração dos componentes de hardware é uma esfera pouco regulamentada que requer muita atenção.

Tudo se resume à segurança do dispositivo, especificamente, para evitar o acesso não autorizado de usuários que possam realizar alterações no hardware, resultando em mau funcionamento ou, até mesmo, inutilização do dispositivo.

É essencial implementar medidas de segurança robustas para proteger a integridade do hardware, incluindo controles de acesso rigorosos e protocolos de autenticação adequados.

3. Criptografia

Outra tarefa essencial para uma equipe de implantação da IIOT é atender aos padrões de criptografia. Dentre outras vantagens, o uso dela garante a confidencialidade dos dados contra-ataques do tipo sniffing.

Toda interação com o sistema (de qualquer dispositivo) deve passar por camadas de criptografia, de preferência, utilizando algoritmos amplamente validados. O volume de informações pessoais compartilhadas diariamente em toda a rede só aumentará nos próximos anos, tornando a criptografia uma das medidas mais críticas sob a perspectiva de privacidade.

4. Gerenciamento de chaves de acesso

O uso de chaves de acesso garante a exclusividade entre dois dispositivos no que se diz respeito à criptografia, ou seja, garante que cada canal de comunicação tenha seu próprio esquema de criptografia. Um pré-requisito para a comunicação e para a autenticação criptografada. Um ponto desafiador é realizar esse gerenciamento considerando a escalabilidade e a heterogeneidade das implantações da IoT.

5. Autenticação de usuário e dispositivo

A autenticação de usuário e dispositivo é fundamental para garantir que apenas usuários e dispositivos autorizados acessem os sistemas. Essa medida permite que identidades sejam verificadas de forma segura, utilizando vários métodos de autenticação que vão desde senhas tradicionais até técnicas mais avançadas, como biometria e reconhecimento de íris.

6. Autorização e controle de acesso

A autorização e o controle de acesso são cruciais para restringir o uso de recursos e serviços apenas aos usuários e aos dispositivos que realmente necessitam deles. Isso é alcançado por meio da definição de regras e de políticas de acesso que exigem autenticação prévia. Essa abordagem assegura que cada entidade tenha permissões adequadas para as suas funções específicas.

7. Preservação de privacidade

A preservação da privacidade é essencial para proteger informações pessoais sensíveis (PII – Personal Identifiable Information), como dados médicos de colaboradores, e-mails, endereços e informações bancárias.

Além da criptografia de dados e comunicação, essa medida inclui práticas de processamento de dados que garantem a privacidade, assegurando que informações pessoais sejam manejadas de forma segura e conforme as regulamentações de proteção de dados.

Para continuar aprendendo sobre a Indústria 4.0 e como as tecnologias habilitadoras têm gerado valor e eficiência para as empresas industriais, clique aqui para baixar o nosso e-book gratuito.

Dicas para enfrentar os riscos da cibersegurança industrial

Para ajudar a enfrentar esses desafios, apresentamos 3 dicas essenciais para fortalecer a segurança cibernética na indústria. Ao implementar essas estratégias, as empresas protegem seus ativos, dados e operações contra ameaças cibernéticas em constante evolução.

  1. Mantenha sua planta segura: faça uma análise do que está protegido e de como proteger outros pontos. Sua propriedade intelectual está segura? Sua cadeia de suprimentos ou sistema computacional também?;
  2. Permaneça vigilante: monitore continuamente sistemas, redes, dispositivos, pessoal e meio ambiente para possíveis ameaças. Esse acompanhamento em tempo real é necessário para entender ações prejudiciais e identificar rapidamente ameaças em toda a multidão de novos dispositivos conectados que estão sendo introduzidos;
  3. Seja resiliente: é certo que um incidente pode acontecer, mas como sua organização responderia? Quanto tempo levaria para se recuperar? Com que rapidez você poderia remediar os efeitos desse incidente? Mapear tudo isso oferece uma maior capacidade de resposta e recuperação.

Cases de sucesso na implementação de medidas de cibersegurança

Dada a criticidade e as potenciais vulnerabilidades que surgem com a interconexão de dispositivos, grandes players do mercado de software passaram a tratar a questão de segurança como prioridade na concepção de projetos de IoT.

Por essa razão, em 2017, a Microsoft ofereceu ao público uma plataforma open source que implementa e facilita a manutenção das políticas de segurança do OPC UA, padrão industrial mantido pela  OPC Foundation. Novamente, a Microsoft, em 2019, detectou ataques russos que visavam brechas de seguranças em dispositivos inteligentes IOT, como:

  • Telefone VoIP;
  • Impressora de escritório;
  • Decodificador de vídeo.

Com esses pontos de entrada nas redes corporativas, tentaram obter privilégios de informação, comprovando haver grande necessidade de evolução da cibersegurança para dispositivos IoT.

Para incorporar políticas de segurança com base em pesquisas de mercado, a Microsoft desenvolveu o “Microsoft Defender for IoT”, um programa que permite que a IoT se integre perfeitamente a outros serviços da empresa, como o Azure Sentinel e ao Azure Sphere: facilitando rastrear ameaças em toda a fábrica.

Dentre as funcionalidades do Defender, estão o gerenciamento de vulnerabilidade para identificar riscos de IIOT/OT, detectar alterações não autorizadas e priorizar a mitigação e a análise comportamental com consciência do IIOT/OT para observar ameaças avançadas mais rapidamente e com mais precisão.

Portanto, a Microsoft respondeu às crescentes necessidades de segurança e, assim, ao alavancar essas ferramentas, as empresas conseguiram proteger suas operações críticas e garantir a continuidade dos negócios com mais segurança.

Parcerias com ICTs para projetos de cibersegurança

Como as indústrias estão cada vez mais conscientes dos riscos e das vulnerabilidades que acompanham a transformação digital e a adoção de tecnologias da Indústria 4.0. Para mitigar esses riscos e melhorar a cibersegurança, o caminho de parcerias com instituições de pesquisa é uma maneira de auxiliar no processo.

O CESAR possui uma experiência e um conhecimento profundo em cibersegurança. Reconhecidos como um Centro de Competência em Cibersegurança pela Embrapii e MCTI, focados em promover conhecimento e capacitar recursos humanos para enfrentar desafios futuros na indústria, através da interação com empresas e incentivo à inovação.

Com isso, trabalhamos com tecnologias de ponta e desenvolvendo soluções inovadoras para proteger infraestruturas críticas. Além disso, oferecemos uma abordagem personalizada para cada projeto, entendendo as necessidades específicas de cada indústria e criando estratégias sob medida para enfrentar desafios únicos de segurança.

Utilizando metodologias avançadas e as melhores práticas do mercado, o CESAR garante a implementação eficaz de medidas de segurança que protegem contra ameaças cibernéticas. Para entender como o CESAR pode ser o parceiro da sua empresa industrial na cocriação de medidas e estratégias de segurança, entre em contato com nossos especialistas.


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