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CESAR .
2020-07-22T00:00:00
Pessoas
Profissionais inovadores: quem são?
Por Verônica Bersani, Gerente de Negócios no CESAR
Nossa sociedade, desde os primórdios, segue um padrão preocupante ao rotular indivíduos. Quando buscamos as personalidades históricas que se destacaram nas áreas mais importantes em cada período, encontramos uns “mais criativos” ou “mais fortes” e até mesmo os “com mais sucesso”. Obviamente, esses rótulos sempre foram colocados de acordo com as crenças e culturas de cada sistema e isso foi (e ainda é) algo absolutamente comum. O que pode se tornar um problema, é nos avaliarmos comparando-nos a estes perfis e desprezando, a todo o tempo, o que temos de mais incrível em termos de qualidades.
Cresci em uma geração que valorizava os comunicativos. Os quietos eram colocados como coadjuvantes e, apenas quando se dedicavam a algo muito excêntrico e cruzavam com holofotes em seus caminhos, eram valorizados. Cargos de chefia foram, em maioria, entregues para aqueles que se relacionavam melhor e conseguiam alardear seu trabalho, sendo este realizado com honestidade e integridade ou através de uma equipe de excelência.
Em um mundo em constante transformação, fica claro que características diferentes e complementares precisam fazer parte do “jogo” de maneira equilibrada. No momento em que o planeta passa por um avanço científico inquestionável e as empresas precisam caminhar em coopetição, todos os perfis são válidos e fundamentais para este crescimento.
Mas e agora? Quem é o profissional inovador da vez? Arrisco dizer que todos são (como sempre foram). Quando falamos em um mercado que passa a valorizar soft skills (termo em inglês que traduzo aqui por habilidades comportamentais), a diversidade em um grupo de trabalho se torna a chave para o sucesso de qualquer projeto. Talvez, seguindo ainda uma onda de supervalorização, alguns veículos insistirão em propagar uma lista de atributos para encaixar nosso perfil profissional e nos deixar cada vez mais ansiosos por alcançá-los. Diante da pluralidade de jeitos de viver, de se relacionar e agora (mais do que nunca) de trabalhar, feliz da empresa que conseguir enxergar em seu corpo funcional as infinitas possibilidades e combinações de perfis para os mais variados desafios.
Quais minhas dicas? Se conheça enquanto pessoa antes mesmo de querer delimitar suas suas competências e habilidades profissionais. Inicialmente, o processo pode ser doloroso pois podemos concluir que, por anos, fomos obrigados a entrar em uma fôrma. Muitos de nós, nesse processo, descobre que fizemos o curso superior que nos foi imposto e aceitamos frentes de trabalho que nos deixaram infelizes por anos. Conecte-se, logo que possível, com o que você faz de melhor no seu dia-a-dia. Não se prenda necessariamente ao que faz apenas com excelência mas com prazer e satisfação. Indico sempre que contemos com ajudas de profissionais para estes processos. Essas ajudas podem vir através de literatura, vídeos na internet ou consulta com profissionais sérios da Psicologia.
Descobriu sua essência? Fez um balanço do que você faz hoje profissionalmente e o que te faz brilhar os olhos? Não sugiro que isso seja romantizado. Vivemos em uma sociedade onde precisamos nos sustentar e cumprir com as obrigações para nos mantermos e cuidarmos das nossas famílias. Mas, no meio deste caminho, pode ser libertador descobrir o que te faz feliz e te leva a uma realização maior facilitando um processo de transição. As soft skills mais faladas hoje são a colaboração, a flexibilidade, a capacidade de atuar sob pressão, a comunicação eficaz, a orientação para resultados e liderança de equipe. São importantes para o mercado, obviamente, mas não precisamos de todas. Se, formos bons em uma delas e,mais do que nunca, conseguirmos apresentar nossa autenticidade no trabalho, estamos no lucro. O profissional inovador será, sem dúvida, aquele que puder disponibilizar suas maiores qualidades em prol da equipe onde atua, errando e aprendendo rápido.
Você está pronto para ser um profissional inovador em sua carreira? Pense nisso!