Tecnologia e descarbonização: Como empresas e ICTs podem formar parcerias estratégicas?

As mudanças climáticas estão transformando o planeta de maneira drástica, com eventos climáticos extremos e o aumento do nível do mar cada vez maior ao passar dos anos. Mudanças no meio ambiente, como uso de energia não renovável e poluição de mares e rios, são resultados que impactaram o meio ambiente, mudando sua forma natural e corrompendo o solo e o ar.

Com o avanço da tecnologia e da expertise humana, os estudiosos agora conseguem desenvolver projetos de inovação tecnológica focados na preservação do meio ambiente. Essas iniciativas representam um esforço conjunto para mitigar os impactos negativos e promover a sustentabilidade. Assim, a necessidade de reduzir as emissões de carbono se tornou uma questão de estudo para muitos ao redor do mundo.

No entanto, essa tarefa é gigantesca e requer esforços conjuntos. É aqui que entram as parcerias entre empresas de setores como energia e mobilidade e Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs). Nesse artigo, você entenderá como as parcerias estratégicas entre organizações e ICTs podem ser decisivas nos esforços de eficiência energética, redução de desperdícios, eletrificação e novas oportunidades para acelerar a descarbonização.

O desafio da descarbonização na transição energética

A descarbonização é a redução das emissões de carbono, particularmente CO₂, resultado de atividades como a queima de combustíveis fósseis. Dados recentes mostram que, em 2023, as emissões globais de CO₂ atingiram 410 milhões de toneladas, um aumento de 1,1% comparado com o ano anterior.

Mesmo com projetos e acordos que focam em reduzir a emissão ao longo dos anos, boa parte dos grandes emissores ainda continua sendo os mesmos grandes setores, causando esse aumento no último ano. Os que mais emitem poluentes são esses quatro segmentos:

• Energia: representa cerca de 73% das emissões globais de CO₂, provenientes da queima de combustíveis fósseis para eletricidade e calor;
• Transporte: responsável por aproximadamente 15% das emissões globais, devido ao uso intensivo de combustíveis fósseis;
• Indústria: contribui com cerca de 21% das emissões, principalmente da produção de cimento, aço e produtos químicos;
• Agricultura e uso da terra: responsável por cerca de 18% das emissões, principalmente devido ao desmatamento e práticas agrícolas insustentáveis.

Entretanto, de acordo com a IEA (sigla em inglês para Agência Internacional de Energia), as economias avançadas de energia que focaram em projetos de inovação experimentaram uma redução de 4,5% nas emissões de CO2 em 2023 e tiveram aumento do seu PIB.

Foi possível alcançar isso ao priorizar energias renováveis como principal fonte de energia. Ao implementar essa estratégia, conseguiram atingir o menor nível de emissões dos últimos 50 anos e diminuir o uso de carvão a índices nunca vistos desde o início do século XX.

Para melhorar essa situação, além da iniciativa das próprias empresas, também há as metas globais, como as estabelecidas no Acordo de Paris, que visam limitar o aumento da temperatura média global a 1,5 °C acima dos níveis pré-industriais. No entanto, para atingir essas metas, é necessário reduzir as emissões de carbono em aproximadamente 45% até 2030.

Esse processo é fundamental para a sustentabilidade, pois ajuda a conter o aquecimento global e seus efeitos adversos. Sem descarbonização, as temperaturas globais podem continuar a subir, resultando em consequências catastróficas para o meio ambiente e para a vida humana.

Para continuar se aprofundando na temática de inovação e descarbonização, você pode conferir nosso e-book. Nele, você vai entender melhor como as empresas de óleo e gás podem buscar alternativas inovadoras e tecnológicas para reduzir a emissão de poluentes e obterem sucesso nesse contexto.

A força das parcerias estratégias para soluções tecnológicas que apoiam a descarbonização

Nos últimos anos, empresas de setores como energia e mobilidade passaram a buscar soluções inovadoras para reduzir danos, riscos e desperdícios nas suas atividades, além de alternativas mais tecnológicas para o mercado, a fim de reduzir os índices de poluição e garantir um futuro mais saudável. É nesse cenário que as parcerias estratégicas entram. Elas envolvem colaborações nas quais empresas e ICTs trabalham juntas para alcançar objetivos comuns, como o uso da inovação tecnológica para apoiar nos esforços de descarbonização.

Para as empresas, essas parcerias oferecem acesso a recursos como conhecimento, ferramentas e expertise avançada para desenvolver novas soluções com tecnologias de ponta, como IA, Cibersegurança, IoT, Machine Learning, Big Data, Gêmeos Digitais e outras. Essa soluções de alta maturidade tecnológica com software e hardware são capazes de elevar a segurança, qualidade e performance das empresas,com foco em escalabilidade e sustentabilidade.

Além disso, organizações podem formar parceria com ICTs para a concepção de novos produtos e serviços a partir de desafios reais e ideias inovadoras. A partir da uma estratégia de PD&I bem desenvolvida, é possível desenvolver soluções centradas no usuário que observam a sustentabilidade e a eficiência energética. Por fim, unir-se a ICTs possibilita parcerias flexíveis, personalizadas e customizadas, adaptadas às especificidades de cada empresa e/ou  projeto de P&D.

Ao participar de iniciativas de descarbonização, as empresas podem melhorar sua reputação junto ao público e aos investidores, diferenciando-se no mercado e atendendo melhor às demandas regulatórias e dos consumidores. Essa colaboração também permite que as pesquisas sejam aplicadas em contextos reais, aumentando sua relevância e impacto.

Parceria do CESAR com a Petrobras

A parceria entre a Petrobras e o CESAR foi estabelecida visando desenvolver ações focadas na manutenção preditiva dos dutos utilizados na exploração do pré-sal brasileiro. Para abordar esse desafio, utilizamos os métodos de gêmeo digital nas unidades da Petrobras localizadas nas bacias de Santos, Búzios, Campos e Espírito Santo, permitindo um monitoramento contínuo da vida útil dos dutos flexíveis.

Uma ferramenta fundamental desenvolvida para esse fim foi a FLEXBOARD, projetada para gerenciar, orquestrar, executar e publicar os resultados dos modelos digitais em tempo real. Esta ferramenta integra diversas bases de dados e simuladores de engenharia, proporcionando uma visão abrangente e precisa das condições operacionais.

Assim, o projeto Digital Twin monitora em tempo real a corrosão causada pelo CO2 em dutos flexíveis e permite decisões informadas baseadas em dados, otimizando a produção, maximizando a eficiência das operações. Com isso, reduz as emissões de CO2 e garante mais segurança operacional das infraestruturas.

Como o CESAR pode auxiliar nesse processo?

O CESAR é uma instituição focada em inovação e tecnologia, com experiência em apoiar e cooperar com outras empresas em seus projetos de inovação, como em busca da descarbonização e a melhorar a eficiência energética.

Com foco em projetos voltados à descarbonização, elaboramos estratégias e projetos personalizados para ajudar empresas a reduzirem suas emissões de carbono.

Desenvolvemos planos eficazes e colaboramos diretamente com as empresas na criação de soluções tecnológicas inovadoras e promovemos colaborações que combinam recursos, conhecimentos e experiências para alcançar objetivos comuns, como a inovação tecnológica com foco em descarbonização.

Está pronto para dar o próximo passo rumo à descarbonização e à sustentabilidade? Conte com o CESAR para ajudar sua empresa a inovar e criar soluções eficientes para reduzir as emissões de carbono. Conheça nossa página de soluções e cases do setor e fale com um de nossos especialistas.

Referências:

Emissões globais de CO2 relacionadas com a energia atingiram nível recorde em 2023, informa a IEA. Disponível em: <https://umsoplaneta.globo.com/energia/noticia/2024/03/01/emissoes-globais-de-co2-relacionadas-com-a-energia-atingiram-nivel-recorde-em-2023-informa-a-iea.ghtml>. Acesso em: 1 jul. 2024.

4 gráficos para entender as emissões de gases de efeito estufa por país e por setor. Disponível em: <https://www.wribrasil.org.br/noticias/4-graficos-para-entender-emissoes-de-gases-de-efeito-estufa-por-pais-e-por-setor>. Acesso em: 1 jul. 2024.