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CESAR .


2022-11-07T00:00:00

Pessoas


O que eu aprendi sobre inovação no maior evento de Marketing Digital do Brasil

Por Camilla Viana, Analista de conteúdo do CESAR

Nesse exato momento você deve estar se perguntando quem é o “eu” do título, certo? Bom, eu sou Camilla Viana, analista de conteúdo aqui do CESAR e, embora a grande maioria dos textos que você encontra por aqui já tenha passado por mim, eu nunca me apresentei.

Mas, não há momento melhor para me apresentar se não para compartilhar com vocês tendências de inovação e tecnologia que eu observei, surpreendentemente, em um evento de Marketing Digital e Vendas. Bateu a curiosidade? Então vem comigo!

O CESAR nasceu em Recife mas, como um Centro de Inovação que é referência nacional, estamos sempre atentos a tudo que acontece em nosso país (e fora dele!), porque buscamos oferecer cada vez mais conhecimento, produtos e serviços inovadores e experiências incríveis em tudo que criamos. E foi com esse objetivo em mente que o nosso time de Marketing e Vendas Digitais foi para a belíssima Florianópolis, em uma imersão no RD Summit.

A revista Forbes já definiu o festival como a “Disneylândia do Marketing Digital” e olha, eu vou ter que concordar. Com quase 10 anos de história – a primeira edição aconteceu em 2013, para 300 participantes – e neste edição (2022) o festival chegou a incrível marca de 14 mil pessoas. Um público totalmente engajado nos 3 dias de imersão, com as principais referências e marcas do mercado, em um dos maiores polos de tecnologia do Brasil.

Falando em tecnologia, não podemos mais negar que todos os setores precisam dela para impulsionar o avanço, inclusive o setor de Marketing e Vendas. Por isso,  soluções inovadoras, modernas e tecnológicas também foram muito exploradas por lá. Pensando nisso, decidi trazer 3 tendências em inovação que prometem revolucionar a forma de fazermos negócios no futuro.

Trend #1: Metaverso é hype? Impacta os negócios? O que sabemos sobre ele?

O tema esteve presente em duas palestras e cada uma teve sua contribuição e uma abordagem superinteressante. Começamos com a Keynote Martha Gabriel, autora de best-sellers como “Marketing na Era Digital”, que se dedicou a desmistificar o metaverso. Afinal, ele é mesmo aquele universo emblemático e totalmente virtual que presumimos? A autora simplifica: não exatamente.

Para ela, o metaverso é a fusão dos mundos on-line e off-line, construindo, assim, um futuro híbrido. Inclusive, se você duvida do potencial desse universo, uma pesquisa da McKinsey aponta que 59% dos consumidores estão entusiasmados com a transição de suas atividades cotidianas para o metaverso.

E ela completa: “marketing é marketing seja ele onde for”. E, para quem é da área, essa frase faz todo sentido, porque a gente sempre se adapta, não é? Em breve, poderemos ver uma transição para as nossas atividades relacionadas ao social, entretenimento, games, turismo e compras.

Mas, se você é mais cético e não concorda com o “hype”, então o recado do Luiz Gustavo Pacete é para você. O Head de Conteúdo e Inovação na Marketing Management Association e Editor de Tecnologia e Inovação na Forbes Brasil, compartilhou sua análise sobre o posicionamento das marcas a partir da apropriação das mais recentes camadas digitais. Ele explica que já existe todo um ecossistema de empresas que estão desenvolvendo tecnologia para aproximar marcas e pessoas nessa nova dimensão, explorando tecnologias como a Web 3.0, os games, avatares e NFTs.

Porém, reflete: “Temos que entender se a adesão das marcas que estão entrando em contato com esse universo é planejada e se faz sentido com a narrativa escrita até aqui ou se é uma ação isolada, uma tomada de decisão feita pela euforia da novidade e pelo hype”.

E tudo isso foi em uma manhã, tá?

E aproveitando que estamos dentro do universo da tecnologia, vamos à próxima tendência!

Trend #2: Avatarização e a era dos influenciadores virtuais

Não sei vocês, mas eu tenho muito mais facilidade de compreensão e interesse para aprender algo quando visualizo exemplos. Por isso, a palestra do Pedro Alvim (Head de Social Media da Magalu) me marcou e ensinou tanto. O Pedro trouxe o case da Lu – a assistente virtual de chatbot que se tornou a personalidade virtual uber famosa que revolucionou a marca.


Na jornada da personagem para evoluir dentro do branding da empresa, vemos como os avatares tem potencial e são muito mais úteis, acessíveis e estratégicos para as organizações do que imaginamos.

Por meio de uma entidade virtual, as marcas podem transmitir mensagens, assumir bandeiras sociais importantes, criar um canal de comunicação com o público (muito além dos consumidores) e, principalmente, tornar a marca presente e visível em todos os lugares, afinal, a máxima de que “uma pessoa não pode estar em mais de um lugar ao mesmo tempo” não se aplica aos avatares. Interessante, né?

Segundo relatório de 2021 da HyperAuditor, o público principal dos influenciadores virtuais são mulheres entre 18 e 34 anos (44,97%). E olha que legal: o Brasil está em segundo lugar (9%) na lista de audiência dos influenciadores virtuais. Os Estados Unidos (23%) lideram a lista global atualmente.

Trend #3: Diversidade é inovação

E se como pré-requisito para caracterizar “inovação” você entende que é preciso haver tecnologia, eu venho te dizer: não necessariamente! Inovação é quebrar padrões e, em uma sociedade com grandes dívidas para com as minorias, trazer (e executar) a pauta da diversidade é, com certeza, trilhar novos caminhos. E nada menos do que a nossa obrigação, não é?

Por isso, a última tendência em inovação foi trazida pelo Victor Lambertucci, CEO da Profissas, Escola de Habilidades Humanas feita pela e para a Diversidade. Na sua palestra “Sem Diversidade, sem Negócio!”, Victor trouxe reflexões importantíssimas e eu compartilho aqui uma delas: “um mundo com oportunidades equânimes e que respeite às diferenças deve abranger todos os segmentos da sociedade, incluindo as organizações. Falar de Diversidade e Inclusão é urgente e necessário, já que trata diretamente do futuro e sobrevivência dos negócios”.

O CEO ainda reforçou que investir em diversidade, além de significar uma reparação histórica e atitude de responsabilidade social, representa uma enorme oportunidade de potencializar inovação e expansão de negócios.

E que tal conhecer alguns dados nacionais que foram apresentados?

  • 46% das lideranças têm falhado ao não criar equipes heterogêneas/diversas;
  • Apenas 14% de mulheres e 12% de representantes de outras etnias ocupam cargos de alta gestão executiva;
  • O Brasil possui 45 milhões de Pessoas com Deficiência (PcDs), praticamente, 24% da população,  porém apenas uma em cada quatro pessoas com deficiência tinha ocupação profissional em 2019.

Com esses dados em mente, conseguimos notar que, mesmo com os avanços de D&I nas organizações, a jornada ainda é longa e precisa envolver todos os níveis de uma organização (e toda a sociedade, não é?).

Participar do RD Summit foi extremamente enriquecedor: aprender mais sobre como evoluir nas minhas habilidades, por si só, já foi incrível. Dar uma espiada em tendências que nos aguardam no futuro foi a cereja do bolo. Mal posso esperar pelo ano que vem. Ao CESAR e a todas as pessoas envolvidas nessa experiência, meu eterno agradecimento!


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