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CESAR .


2024-01-23T19:52:27

Negócios


Impactos das novas diretrizes da ANEEL em projetos de P&D

Sabemos que a inovação é o centro do setor de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento). É com ela que as empresas criam e trazem novas tecnologias para o mercado e melhoram o seu nicho. Para fomentar e alavancar ainda mais, a ANEEL conta com o programa de PD&I para estimular as empresas do setor elétrico do país, visando melhorar o que temos e trazer novos mecanismos.

Além de auxiliar com o incentivo, a ANEEL também faz o gerenciamento para conferir como estão os projetos, o andamento e a maturidade de como está a tecnologia prestes a ser implementada. Para isso, a agência segue o padrão TRL (Technology Readiness Level), que se trata da determinação dos níveis de maturidade de uma tecnologia até seu momento de aplicação.

Para você compreender melhor o tema e como é o funcionamento do TRL no setor de energia brasileiro, trouxemos os principais pontos. Continue a leitura e obtenha insights valiosos a respeito do tema.

A aplicação do TRL nos projetos de P&D da ANEEL

Como a maturidade tecnológica, representada pelo TRL em relação a uma determinada tecnologia, é categorizada em níveis de 1 a 9, cada um indicando a fase atual de desenvolvimento. Assim, em cada uma dessas etapas ela está em uma situação específica. Por exemplo, níveis mais baixos indicam estágios iniciais, enquanto o nível 9 sugere que a tecnologia está em plena operação.

Dessa forma, essa escala facilita a avaliação do progresso tecnológico por cientistas, técnicos, gerentes e inovadores, fornecendo uma compreensão dos riscos associados ao desenvolvimento da tecnologia.

A importância crescente da inovação e sua obrigatoriedade

A evolução e a importância da inovação no setor elétrico estão ligadas com a necessidade de enfrentar e superar os desafios atuais, atendendo às demandas que sempre aparecem e buscando formas de resolvê-las. Além disso, também surge a procura por trazer mais eficiência ao nicho, como com soluções de energias mais sustentáveis.

Nesse ponto, com isso em foco, as empresas elétricas se tornam as responsáveis por gerar mais confiabilidade sobre o sistema, otimizando a gestão de recursos e promovendo mais energia limpa. Mas não somente isso, com projetos de inovações, as empresas podem focar em evoluções, como:

  • Implementação de redes inteligentes;
  • Sistemas de armazenamento de energia;
  • Soluções de eficiência energética.

Entendendo as categorias do TRL e como cada fase funciona

ANEEL

A TRL, por ser dividida em diferentes níveis, caracteriza cada fase de desenvolvimento de uma nova tecnologia de maneiras diferentes. Isso proporciona uma maneira clara e plausível de identificar/entender o estágio atual e compreender quais são as etapas restantes até a implementação completa dela. Confira melhor cada uma e o que significam:

TRL 1-3: pesquisa básica e análise de viabilidade

Os três primeiros níveis são focados na base da pesquisa, visto que é o primórdio para qualquer ação e desenvolvimento futuro de qualquer coisa. Sendo assim, o TRL1 busca o conhecimento para elaborar a pesquisa, com artigos, documentos e o que mais for necessário.

No TRL2, acontece a pesquisa exploratória e a busca pelo conceito da aplicação, ou seja, é um meio de identificar como será a sua forma e os motivos que a fazem necessária. No TRL3, é feito um estudo para entender quais serão os resultados mínimos favoráveis do produto.

Leia mais: A importância do papel das lideranças em projetos de inovação

TRL 4-6: desenvolvimento e testes em ambiente controlado

Com todos os estudos feitos, os níveis 4, 5 e 6 são destinados ao plano de desenvolvimento e ao teste em ambiente controlado. Assim, no TLR4, tudo o que foi estudado começa a ser posto em prática para entender seu funcionamento e são vistos os primeiros indicadores.

Seguindo o fluxo, no TRL5, vemos a validação dos processos conforme os indicadores. É o momento de verificar se as ações estão fazendo sentido e se estão correndo como planejado.

Se tudo estiver fluindo, o TRL6 faz a avaliação do protótipo. É o momento de teste em ambiente controlado para entender como é o funcionamento exato e como cada mecanismo lidará no decorrer.

TRL 7-9: implementação e operação em condições reais

Nas três últimas fases, temos a implementação de tudo o que foi feito e estudado até então. Assim, na TRL7 e TRL8, são feitas avaliações reais no ambiente operacional. Isso possibilita ver qual será a potencialidade dela na sua comercialização ou utilidade interna, compreendendo a sua desenvoltura e desempenho no dia a dia.

Na TRL9, todo o processo já está finalizado e pronto para a comercialização ou implementação interna. Nesse sentido, ela já está pronta e com todos os insumos necessários para uma boa utilização, sem grandes riscos e acidentes ao decorrer dela.

Evoluindo soluções específicas para projetos integrados e abrangentes

Com a aplicação e análise do TRL da tecnologia a ser desenvolvida é possível mensurar o risco tecnológico e avaliar o estágio que a mesma se encontra, permitindo prever as etapas ainda necessárias para entrar em operação e seja utilizada em escala. Dessa forma, os investimentos podem ser canalizados para soluções no estágio adequado, conforme os objetivos da empresa ou setor.

Veja mais como está a transformação digital do setor elétrico e entenda mais sobre o consumo de energia, a geração dela e como estão as reflexões sobre a entrega de energia limpa e sustentável. Leia isso e muito mais no nosso e-book.

As novas diretrizes da ANEEL para projetos de P&D: uma visão geral

Em julho de 2023, o P&D ANEEL trouxe algumas mudanças para o seu programa de incentivo. Agora, as empresas do setor elétrico serão avaliadas pelo seu portfólio de projetos, conforme indicadores estabelecidos pela agência reguladora.

Estes indicadores trazem desafios às empresas, tais como a necessidade de realizarem projetos de TRLs mais altos, fortalecer parcerias com outras empresas, startups e fundos de investimento e desenvolver inovações em temas considerados estratégicos.

Outro ponto que mudou foi que as instituições terão acesso aos recursos da Embrapii, conseguindo mais auxílio para o desenvolvimento e a aplicação das suas pesquisas. E, para garantir que o programa esteja sempre atualizado, as regras e indicadores serão revisados a cada cinco anos.

No começo de 2024 (16/01) houve mais mudanças para esse projeto. Com o Plano Estratégico Quinquenal de Inovação (PEQuI) para 2024–2028 do Programa de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PDI) da ANEEL, as empresas enfrentaram algumas mudanças.

Ela não tem mais como intuito apenas trazer maturidade tecnológica aos negócios, mas também visa aumentar a maturidade tecnológica das soluções já desenvolvidas pelas instituições, introduzindo cada vez mais tecnologias no mercado.

Para alcançar esse objetivo, é esperado que a maioria dos projetos das Empresas de Energia Elétrica (EEE) atinjam as fases finais da cadeia de inovação e que haja um aumento na rede de inovação com parceiros industriais e comerciais.

Para auxiliar as equipes e empresas envolvidas nos projetos do PDI, a ANEEL lançou um guia para avaliar a maturidade tecnológica do setor. Nesse sentido, a organização consegue classificar as ações e projetos relativamente ao nível de maturidade tecnológica dos produtos.

Estratégias para empresas se ajustarem às exigências recentes da ANEEL

Para deixar esse processo mais fácil, buscar por outras empresas que auxiliem nesse processo é uma das melhores estratégias a ser utilizada nesse momento. O primeiro passo é refletir sobre o portfólio de desafios que a empresa pretende solucionar. Para cada um deles, uma lista de potenciais soluções e inovações.

A partir daí, um processo simplificado de discovery e delivery pode nos ajudar a selecionar as alternativas com maior potencial de se tornarem aplicações de alto impacto. Como resultado deste processo temos o portfólio de maior impacto e com maior potencial de entregar valor às empresas e ao setor.

Para isso, você pode contar com o CESAR. Somos um centro de inovação que traz profissionais altamente capacitados para auxiliar nos projetos de outras empresas, em um processo de inovação de ponta a ponta, desde a identificação das oportunidades, passando pelas etapas de discovery, delivery e growth.

Chamamos este processo de Targeted Innovation Lab (TIL) e com ele ajudamos as empresas a construírem portfólios de projetos de inovação de altíssimo impacto. Com a sua empresa, elaboramos projetos complexos e voltados para a real necessidade dela, tudo muito bem descrito e estudado.

 

Inove com confiança, inove com o CESAR. Para agendar uma consulta e descubra como podemos ajudar a transformar suas ideias em projetos de sucesso, clique aqui e fale com um de nossos consultores.


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