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CESAR .


2024-10-16T19:41:59

Negócios


Cibersegurança: protegendo ativos no setor de óleo e gás

No setor de óleo e gás, a cibersegurança é um elemento que não pode ser negligenciado. Em um ambiente que lida com infraestruturas críticas e informações altamente sensíveis, a segurança digital se torna uma questão de maior prioridade para a saúde do negócio, para se manter atualizado e garantir que ele comporte a chegada de novas tecnologias.

Afinal, o setor passa por uma alta movimentação financeira e desempenha um papel estratégico no fornecimento de energia para a economia global. A interconectividade e a digitalização das operações, com o uso intensivo de sistemas de controle e automação, ampliaram os riscos cibernéticos, expondo a indústria a uma série de ameaças que podem causar impactos devastadores.

A importância da cibersegurança nesse contexto vai além da proteção de dados, ela é essencial para garantir a continuidade operacional, a segurança dos trabalhadores, a proteção ambiental e a estabilidade econômica. Entenda mais sobre quais são essas ameaças e o que os empreendimentos podem fazer para evitar perdas.

As principais ameaças cibernéticas no setor de óleo e gás

A diversidade e a complexidade das operações no setor de óleo e gás fazem dele um alvo atrativo para cibercriminosos. As ameaças são cada vez mais sofisticadas e se adaptam rapidamente a novas tecnologias e à medidas de segurança:

1. Ataques a sistemas SCADA

Os sistemas de Controle Supervisório e Aquisição de Dados (SCADA) são o coração da operação de muitas instalações de óleo e gás, gerenciando processos como a extração, o transporte, a refinaria e a distribuição de petróleo e gás natural. A integridade desses sistemas é fundamental para manter a segurança das operações.

Um ataque a sistemas SCADA pode resultar em interrupções no fornecimento, danos aos equipamentos, explosões, vazamentos de óleo e até mesmo catástrofes ambientais. Esses sistemas desatualizados — ou sistemas legados — não foram concebidos para enfrentar ameaças cibernéticas, o que torna a implementação de atualizações de segurança e a proteção desses sistemas um desafio constante.

2. Phishing e engenharia social

Além de atacar os sistemas industriais diretamente, os cibercriminosos utilizam técnicas de phishing e engenharia social para ganhar acesso a redes corporativas.

E-mails falsos que parecem autênticos e convincentes induzem funcionários a fornecer informações confidenciais, clicar em links maliciosos ou baixar arquivos infectados. Uma vez dentro da rede, os invasores podem mover-se lateralmente, explorando vulnerabilidades para comprometer sistemas críticos ou roubar dados sensíveis.

3. Ransomware e sequestro de dados

O ransomware é uma ameaça que tem crescido no setor de óleo e gás. Ao infectar sistemas e criptografar arquivos essenciais, os cibercriminosos exigem pagamentos em criptomoedas para liberar o acesso.

Essa técnica pode paralisar as operações por dias ou até semanas, resultando em perdas financeiras milionárias. Empresas que decidem pagar o resgate enfrentam ainda o risco de futuros ataques, já que os invasores enxergam a disponibilidade de pagamento como um incentivo.

4. Ataques DDoS e comprometimento de infraestrutura

Os ataques de negação de serviço distribuída (DDoS) visam sobrecarregar os servidores das empresas, tornando seus sistemas indisponíveis. Embora não resultem em roubo de dados, esses ataques podem interromper as operações de monitoramento e controle, afetando a eficiência e a produtividade.

Consequentemente, em infraestruturas críticas como as do setor de óleo e gás, mesmo um curto período de inatividade pode resultar em grandes perdas financeiras e operacionais.

Para aprofundar seu conhecimento sobre cibersegurança e sustentabilidade, o e-book Descarbonização para um Futuro Sustentável desenvolvido pelo CESAR oferece uma visão detalhada sobre como proteger infraestruturas críticas enquanto se promove a descarbonização.

5. Impacto potencial dos ataques

A interrupção das operações devido a ataques cibernéticos pode ter efeitos em cadeia, como a escassez de combustível, a interrupção de linhas de produção e o aumento dos preços de energia. Além disso, a reputação da empresa pode ser seriamente danificada, afetando relações com clientes, parceiros e investidores.

Como proteger infraestruturas críticas com estratégias de mitigação

Proteger infraestruturas críticas no setor de óleo e gás requer uma abordagem robusta e multifacetada que envolva tecnologia, processos e treinamento de pessoal. Confira:

  • Firewalls de próxima geração: esses não apenas bloqueiam o tráfego não autorizado, mas também monitoram atividades suspeitas e identificam tentativas de invasão;
  • Sistemas de Detecção e Prevenção de Intrusões (IDS/IPS): identificam e bloqueiam atividades maliciosas em tempo real, permitindo que as empresas respondam rapidamente a ameaças em desenvolvimento;
  • Soluções de Endpoint Protection: garantem que todos os dispositivos conectados à rede, desde computadores de escritório até equipamentos de campo, estejam protegidos contra ataques de malware e outras ameaças;
  • Criptografia de Dados em Trânsito e em Repouso: a criptografia garante que mesmo que os invasores obtenham acesso aos dados, eles não poderão interpretá-los sem as chaves de descriptografia apropriadas;
  • Segmentação de rede: dividir a rede em segmentos menores ajuda a conter um ataque caso um invasor consiga penetrar em um ponto. Isso limita o acesso do invasor e protege sistemas críticos.

Treinamento e conscientização de funcionários

Desenvolver programas de treinamento contínuo que ensinem os funcionários a identificar e responder a tentativas de phishing e outras táticas de engenharia social também é um caminho. Com colaboradores a parte desses possíveis danos, eles saberão identificar melhor quando há risco e vão saber como proceder. Para isso:

  • Faça simulações de ataques: realizar simulações periódicas de ataques cibernéticos ajuda a preparar os colaboradores para responder adequadamente a incidentes reais;
  • Tenha políticas de senhas fortes e autenticação multifator (MFA): a implementação dessas práticas reduz significativamente o risco de comprometimento de contas de usuário.

No CESAR, consideramos a educação corporativa como a chave para a eficiência do setor industrial. Dessa forma, criamos um e-book de formação continuada para que as empresas assumam seus papéis de responsáveis por desenvolver e reter talentos na área de tecnologia da informação e inovação.

Monitoramento contínuo e análise de riscos

Empresas de óleo e gás devem adotar ferramentas de monitoramento 24/7 que identificam anomalias e atividades suspeitas em tempo real. Análises periódicas de riscos ajudam a identificar vulnerabilidades e a implementar medidas corretivas antes que sejam exploradas por invasores.

O futuro da cibersegurança em infraestruturas críticas

O uso de tecnologias emergentes é uma estratégia essencial para fortalecer a segurança. Ferramentas de inteligência artificial e machine learning podem detectar comportamentos anômalos, identificar ameaças em tempo real e responder de forma automática, o que reduz significativamente o tempo de reação a ataques.

Além disso, a tecnologia blockchain oferece uma solução para aumentar a segurança dos dados, criando registros imutáveis e transparentes de transações, fortalecendo a integridade das informações.

No que diz respeito ao desenvolvimento da resiliência cibernética, é importante ir além da simples prevenção de ataques. A capacidade de se recuperar rapidamente após um incidente e continuar operando é fundamental para as empresas de óleo e gás, permitindo que elas mantenham suas operações mesmo diante de um ataque cibernético.

Importância da colaboração para a cibersegurança no setor de óleo e gás

A cibersegurança no setor de óleo e gás não é um desafio que pode ser enfrentado isoladamente. A colaboração é um componente-chave para fortalecer a resiliência do setor contra ameaças cibernéticas.

Os esforços colaborativos entre organizações, poder público e centros de inovação desempenham um papel fundamental nesse processo, trilhando parcerias com ecossistemas de inovação, como ICTs e startups.

O compartilhamento de inteligência sobre ameaças, por exemplo, permite a criação de redes colaborativas que facilitam a troca de informações sobre ameaças emergentes e técnicas de ataque, o que possibilita uma resposta mais rápida e eficaz a novas ameaças.

Além disso, o desenvolvimento de padrões e regulamentações exige um trabalho conjunto para criar diretrizes de segurança específicas para o setor de óleo e gás, garantindo que todas as empresas adotem práticas robustas de cibersegurança.

Como o CESAR pode ajudar as empresas a desenvolverem soluções?

O CESAR atua como um catalisador de inovação na área de cibersegurança, desenvolvendo soluções que ajudam empresas a identificar e mitigar riscos de forma proativa. Por meio de pesquisas avançadas e parcerias estratégicas, contribuímos para o fortalecimento da segurança cibernética em infraestruturas críticas do setor.

Reconhecido como um Centro de Competência em Cibersegurança pela Embrapii e pelo MCTI,  atuamos em diversas frentes para ampliar o impacto da cibersegurança no mercado. Entre nossas principais atividades, está a ampliação e fortalecimento das competências científicas e tecnológicas em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I).

Trabalhamos intensamente na formação e capacitação de profissionais para atuar em projetos de PD&I, promovendo a criação de startups e atraindo novos talentos para o ecossistema de inovação. A associação tecnológica com a indústria é outra área de destaque, onde o CESAR desenvolve parcerias para aplicar inovações diretamente em empresas.

As linhas de pesquisa do CESAR cobrem áreas essenciais da cibersegurança. A gestão de identidade e acesso está no centro das soluções de controle, garantindo que apenas usuários autorizados tenham acesso às informações.

A proteção e a privacidade de dados são outro foco, onde o desenvolvimento de tecnologias assegura a confidencialidade de dados sensíveis. Além disso, o CESAR investe em inteligência para ameaças cibernéticas, monitorando e respondendo a potenciais ataques antes que causem danos.

Um diferencial importante é a pesquisa sobre aspectos legais, éticos e comportamentais (ALEC), que aborda as implicações jurídicas e éticas no uso de tecnologias de segurança. Para compreender ainda mais como podemos buscar soluções juntos,entre em contato com o nosso time de especialistas e saiba mais.


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