4 min para ler
CESAR .
2020-12-16T11:28:25
Educação
CESAR, um centro de inovação por completo
Por Eduardo Peixoto, Chief Design Officer do CESAR
Quem conhece o CESAR, hoje, sabe e sente que somos um centro de inovação, mas percebe que temos algo de diferente. Eu digo que nosso jeito se destaca porque vivemos inovação de cabo a rabo. Digo isso sempre que me refiro à expertise do CESAR: somos inovação por completo, vivenciamos as três etapas do processo, criamos nossa forma de juntar essas peças. Hoje, a gente consegue transmitir quem sempre fomos; a diferença é que, agora, todo mundo pode ver isso.
Passamos o ano (este ano tão conturbado) trabalhando o reposicionamento do que a gente faz. Não é simplesmente uniformizar a narrativa, é uma compreensão mais ampla do que fazemos. Afinal, quem olha para o CESAR vê uma escola, vê a aceleração de ideias, vê o estado da arte em tecnologia. Pode até parecer que são coisas desintegradas, mas não são.
A inovação começa com a formação de lideranças e com a criação de novos conhecimentos, o que normalmente acontece em escolas e universidades. É a nossa CESAR School. Com o tempo, aqueles conhecimentos vão sendo usados em experimentos, entendendo as necessidades do mercado, criando produtos e soluções. Aqui é nosso CESAR Labs, fase mais experimental da inovação, onde construímos o que se chama de modelo dominante de um produto ou serviço.
Sabe o que acontece? Quando se vê algo pronto, um produto acabado, eficiente e adorável, a memória curta não permite que se lembre que ele começou há muito tempo. Um modelo dominante de um carro do século passado é o que temos hoje – tem motor a combustão, quatro rodas, faróis, para-brisa, direção, câmbio, marcha. Oras, se você olhar o primeiro iPhone, de 2007, vai ver que é um smartphone, mas não é o mesmo produto intrinsecamente. Aquele teclado no display era muito ruim, pequeno, de difícil uso. O telefone só tinha 8 mega de memória, hoje tem 64 gb, 8 mil vezes mais, o display é bem maior e o teclado completamente funcional.
No CESAR, a gente vai testando novos conhecimentos, trabalhando com empresas ou com empreendedores para chegar ao tal produto que o mercado quer consumir, a uma solução. Ele não chega pronto para a larga escala, vai ter imperfeições aqui e ali, e é quando passamos para a próxima fase, a de melhorias incrementais constantes. O foco é resultar em um produto efetivamente robusto. Assim, chegamos na D&O, a última fase da inovação, onde a busca por melhorias é contínua, nunca termina.
Entende, agora, porque o CESAR é um centro de inovação completo? Se você entende o que é esse universo, sabe que tem tudo isso. Não é o que se vende por aí, somente a ideia do artefato pronto, como se apenas a existência dele fosse, pura e simplesmente, inovação. Inovação é esse processo todo.
Se você pega um Iphone, que é uma materialização palpável da inovação, não pode esquecer do que foi feito antes e do que será feito depois. O ciclo. Nesse smartphone há tecnologias que começaram a ser utilizadas 60 anos antes de ele ser lançado, coisas como o GPS. Imagine, uma tecnologia de uso militar que veio depois da Segunda Grande Guerra, quando Rússia e Estados Unidos começaram a lançar foguetes e colocaram satélites ali para rastrear um ao outro. GPS era um negócio gigante, jamais ia caber num telefone. Até que a inovação chegou.
Noutras palavras, para o senso comum, o glamour pode até estar no artefato. Mas nós, no CESAR, sabemos que o processo é que engrandece o resultado e nele temos algo importante que está conosco desde o início, que é o Design. Está na nossa missão. É o processo de identificar, potencializar, concretizar. Leva tempo, mas somos o próprio processo: inovadores na forma como promovemos a educação, em como construímos os modelos dominantes e na forma como melhoramos incrementalmente os produtos. Formamos pessoas que impulsionam a inovação, que impulsiona negócios.