CESAR Summer Job: organizações experimentam e aceleram inovação
É comum que, ao serem perguntados o que falta para começar um processo de inovação na sua empresa, alguns executivos respondam: “ter a garantia que vai dar certo!”. E esse é o modelo mental da maioria das empresas brasileiras, onde o risco precisa ser constantemente minimizado, e a inovação só tem espaço para ser trabalhada ao lado de um laudo técnico que demonstre um rápido retorno do investimento. Como sabemos, esse é o extremo oposto da inovação.
O espaço iterativo para ciclos rápidos de “tentar, errar e aprender” é extremamente necessário para que os riscos da inovação sejam minimizados, ainda que nunca excluídos. Porém, muitas vezes esses espaços requerem muito mais persuasão e poder argumentativo para fazê-los acontecer dentro da empresa, do que apenas conseguir investimento financeiro.
Mas, como usufruir de um espaço de experimentação rápida e fora das limitações, da burocracia e dos processos rígidos da própria empresa? Entenda a seguir como o CESAR Summer Job tem sido essa oportunidade para mais de 50 empresas nos últimos anos.
Novos olhares para problemas antigos
As empresas que já participaram do CESAR Summer Job, em sua maioria, sentem a necessidade de realizar pequenas provas de conceito ou experimentos que precisam ser validados, mas, às vezes, são iniciativas que saem da dinâmica do dia-a-dia. Nesse sentido, abrir as portas para que os experimentos ocorram internamente, com as pessoas que já estão envolvidas nas demandas recorrentes da empresa, é uma tarefa quase impossível.
Os alunos que ainda estão nas universidades chegam com uma visão totalmente nova para problemas muitas vezes antigos que as empresas possuem. Eles não se limitam ou temem propor soluções ousadas. E o que sai dessa troca é sempre surpreendente.
É a partir desse cenário que no CESAR Summer Job, os estudantes saem de suas universidades em qualquer parte do Brasil ou do mundo, e recebem um desafio, problema, ou oportunidade real vindo diretamente de empresas patrocinadoras do programa.
Se os experimentos se mostram promissores, as empresas podem investir recursos maiores para o desenvolvimento completo da solução testada. Porém, se as provas de conceito não se mostrarem viáveis, elas podem rapidamente mudar o rumo e tentar coisas novas, tendo então aprendido com aquela experimentação.
A fórmula é simples e efetiva, mas às vezes é difícil abrir esses espaços internamente nas empresas. Confira o que Itaú, Gerdau e Petrobrás falam sobre a experiência de participar como patrocinadores do CESAR Summer Job:
Problemas reais, dinâmicas reais
Durante seis semanas os integrantes do programa são orientados pelo time do CESAR para estudar o problema e construir uma visão da solução que eles acreditam ser a melhor para aquele contexto. Com isso, eles passam a entender que, para atender ao timing de mercado é preciso, a todo tempo, lidar com a falta de recursos, administrar o tempo e o orçamento limitados e ainda manter a qualidade do que é produzido. É essa “pressão” que muitas vezes os alunos desconhecem e que tentamos reproduzir durante o programa.
Com um modelo iterativo, baseado no Design Thinking, é similar ao que é usado diariamente na condução dos projetos do CESAR, grupos de alunos recebem desafios das empresas patrocinadoras do programa. Estas empresas apresentam suas expectativas e avaliam continuamente o que está sendo desenvolvido pelos alunos.
Apoiando a turma de alunos, temos um time de mentores especialistas do CESAR para orientá-los durante todo o processo de entendimento do problema, passando pela escolha da melhor abordagem, até a prototipação e validação.
Cada turma é orientada por três mentores: um de design da experiência do usuário (UX), outro de negócios e um com perfil técnico. O papel desses mentores é apenas orientar e tirar dúvidas, pois os alunos são estimulados a serem protagonistas e independentes, e são eles os responsáveis pela entrega do projeto final dentro dos prazos estabelecidos. É uma experiência profissional real, e os alunos precisam se adaptar a esse modelo.
Mercado e a academia: ganhos e oportunidades
Desde a sua criação, a experiência proporcionada pelo CESAR Summer Job e que envolve alunos e as empresas patrocinadoras do programa é vista como uma via de mão dupla; é uma oportunidade de inovação para as empresas e por outro lado, para os universitários é a chance de ter uma experiência profissional imersiva ao solucionar um problema real do mercado.
O CESAR Summer Job também tem sido uma estratégia para tornar as empresas mais atrativas para o público jovem que já nasceu digital e inovador. Em diversos casos, os estudantes são contratados após o programa, seja pelas empresas patrocinadoras, seja pelo CESAR, ou são rapidamente absorvidos pelo mercado.
Este é um outro benefício que o programa apresenta às empresas patrocinadoras, que é a aproximação com jovens talentos e o acompanhamento do desempenho de cada aluno ao longo do programa, o que permite uma avaliação mais precisa visando uma possível contratação.
Um programa como o CESAR Summer Job tem benefícios que vão além de promover uma troca frutífera de conhecimento entre a empresa, ambientes acadêmicos e ecossistemas de inovação. O programa é um passo importante para essas empresas desenvolverem uma rede colaborativa de inovação aberta.