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CESAR .


2022-07-01T00:00:00

Educação


A evolução da Educação Corporativa: para onde estamos indo?

Nos parâmetros atuais, os conhecimentos e habilidades que os colaboradores reuniram em seus tempos de educação formal parecem ser insuficientes se quiserem oferecer as habilidades que o mundo corporativo exige. Mais do que isso, as organizações só têm a ganhar em competitividade, produtividade e desenvolvimento com profissionais qualificados em seu capital humano. É com esse desafio em mente que a Educação Corporativa vem se popularizando.

A cada ano que se passa, novas tecnologias, metodologias e habilidades são criadas e demandadas pelo mercado de trabalho. A Educação Corporativa surge justamente para preencher essa lacuna de conhecimentos e habilidades, trazendo para as organizações o poder de desenvolver os seus colaboradores.

Estudantes ou profissionais recém-formados podem contar com cursos, ou programas de treinamento oferecidos pelas organizações para desenvolverem as habilidades necessárias para uma contratação. De acordo com  93% dos colaboradores que responderam à pesquisa Millenials Career: 2020 vision, aprender de forma contínua é um desejo de longo prazo e, mais do que isso, representa uma das prioridades ao considerar um novo emprego. 

Porém, o aprendizado não é exclusivamente para novas contratações. Um colaborador pode precisar de treinamento e desenvolvimento em circunstâncias em que é necessário preencher as lacunas em seus conhecimentos e habilidades para alcançar a progressão da carreira, fazer transição de área, assumir demandas específicas ou, ainda, melhorar seu desempenho no trabalho.

O que é aprendizado corporativo?

Segundo a IMD Business School, o aprendizado corporativo é “a capacidade de uma organização de adquirir, aplicar e compartilhar conhecimento com o objetivo de explorar novas soluções para melhorar a eficiência e a vantagem competitiva”. Não se trata apenas do processo de adquirir conhecimento, mas também à cultura de aprendizado da organização, na qual ela e seus colaboradores estão constantemente aprendendo e se adaptando com objetivos específicos e contextualizados para ajudar a empresa a crescer.

E é justamente o conjunto de processos de aplicação da aprendizagem organizacional que chamamos de Educação Corporativa. O cenário que temos hoje conta com uma gama de opções que facilitam o progresso do aprendizado de estudantes e, à medida que as inovações em tecnologia educacional (também conhecidas como edtech) se tornam mais acessíveis a todos, existem mais maneiras de envolver os funcionários e fazê -los adotar uma cultura e mentalidade de aprendizado.

Marcos históricos da Educação Corporativa

Os formatos de aprendizagem corporativa percorreram um longo caminho: de salas de aula físicas a ferramentas de e-learning que utilizam aprendizado de máquina e inteligência artificial. Durante décadas, as organizações implementaram diferentes métodos de aprendizado e desenvolvimento para seus colaboradores. Vamos conhecer alguns?

Início do século 19 – A aprendizagem corporativa era realizada através de treinamento no local de trabalho. Um exemplo era o uso de jogos para treinar oficiais dos exércitos prussianos e alemães.

1872 — A fábrica de impressão Hoe and Company criou a primeira escola de fábrica documentada para treinar maquinistas. Nessas escolas, os funcionários eram treinados em salas de aula construídas no local da fábrica.

Início do século 20 — Criação de diferentes técnicas e métodos, como o “role-playing”, que permitiu ao aluno obter feedback objetivo sobre seu desempenho e o “Show, Tell, Do and Check”, usado para explicar processos complexos aos funcionários.

1942 — A Sociedade Americana de Diretores de Treinamento foi fundada, porém, hoje se chama Associação para Desenvolvimento de Talentos.

1954 — Donald Kirkpatrick estabeleceu os quatro níveis de avaliação da aprendizagem, usados ​​para avaliar os programas de treinamento.

1961 — O McDonald ‘s lançou a Hamburger University, a primeira universidade corporativa do mundo.

1962 — Robert Glaser iniciou a ideia de design instrucional, um processo que combina educação, psicologia e comunicação para desenvolver planos de ensino eficazes.

1970 — Malcolm Knowles cunhou o termo “aprendizado informal”, no qual o aluno define as metas e objetivos, em oposição ao aprendizado formal, onde o departamento de treinamento define as metas e objetivos.

No mesmo ano de 1970, a Unesco lança duas publicações relacionadas ao tema de Lifelong Learning entendendo que a escola sozinha não seria capaz de atender as demandas que a sociedade e o avanço tecnológico iriam criar.

1980 a 1990 — As organizações começaram a usar treinamento baseado em computador para fornecer instruções aos funcionários.

Final dos anos 90 — a demanda por aprendizado misto, que combina treinamento em sala de aula e salas digitais, começa a aumentar. O termo “e-learning” também foi introduzido, mas não começou a ganhar força até 2004, quando o futurista americano Jay Cross começou a usá-lo.

2000 — O aprendizado móvel começa a ganhar impulso com a explosão de dispositivos móveis em meados do final dos anos 2000.

Atualmente, o treinamento e o desenvolvimento de funcionários no espaço digital tornou -se uma prioridade para a alta gerência de muitas organizações, e sua importância não deve ser subestimada. As plataformas online e móveis estão revolucionando o aprendizado tradicional, que é entregue através de treinamento liderado por instrutores pessoalmente. Conforme o e-learningindustry.com, 77 % das empresas americanas oferecem soluções de aprendizado on-line para melhorar o desempenho dos funcionários

A Educação Corporativa hoje

É certo que o formato e-learning têm seu nível de protagonismo, porém, outros tipos de treinamento estão ganhando força e aderência pelas organizações, alavancados pelo avanço da tecnologia e pelas novas necessidades e movimentações do mercado. Inclusive, esses diferentes formatos podem ser combinados para criar uma experiência ainda mais engajadora e produtiva para os times.  Confira alguns deles:

Educação Individualizada

A diversidade tem se tornado uma preocupação latente nas organizações, por isso, é comum existirem times compostos por pessoas de origens, idades, personalidades e formações diferentes, assim, o aprendizado homogêneo nem sempre faz sentido.

Considerando isso, a Educação Corporativa Individualizada é uma solução para preencher as lacunas de habilidades, com jornadas que entregam o conteúdo certo para as pessoas certas. Alguns formatos individualizados são trilhas personalizadas, cursos de graduação, mestrados e doutorados, ou cursos online/presenciais de formação técnica em habilidades específicas.

Programas de residência

Uma residência é uma estratégia de educação corporativa focada na formação e capacitação personalizadas, geralmente desenvolvidas de forma integrada por instituições de ensino e empresas. Nesse formato, os estudantes são desenvolvidos por meio de uma formação prática com alto grau de especialização, com conteúdos definidos por demandas específicas do mercado. Assim, o objetivo é garantir que profissionais se tornem capacitados para atuar nas empresas em pouco tempo (a duração costuma ser cerca de 3 meses).

Programas de experimentação

É um formato que busca oferecer experiência prática aos alunos e identificar talentos. Nesse tipo de programa, as organizações trazem desafios práticos de suas áreas de atuação para que os estudantes identifiquem e proponham possíveis soluções. Um exemplo desse formato é o CESAR Summer Job, em que os estudantes são envolvidos em projetos reais de empresas patrocinadoras, em uma abordagem de learn by doing, a fim de construir conhecimento ao aplicar teorias e conceitos na prática, com a orientação de tutores do CESAR nas áreas de design, negócios e tecnologia.

Programas de reskilling

O ReSkilling se tornou uma estratégia essencial para as organizações atenderem às suas necessidades de pessoal e terem sucesso em um mundo em mudança, especialmente em se tratando da transformação digital, que demanda profissionais para atender às atribuições específicas do setor de TI. Para isso, há formatos como cursos inCompany, academias ou programas internos de formação acelerada de capital humano para líderes e para o time de backoffice, com foco em qualificação e requalificação de colaboradores.

Crie uma cultura de Educação Corporativa na sua organização

Percebe-se que atualmente a Educação Corporativa destaca tanto as estratégias de negócio das empresas, quanto o protagonismo do colaborador, combinando e oferecendo diferentes recursos para que ele se sinta mais motivado a aprender. Criar uma cultura de aprendizado constante dentro da sua organização é o melhor caminho para que suas iniciativas de Educação Corporativa sejam eficazes e modernas, mas que principalmente façam a diferença no crescimento da empresa.

Para saber mais sobre estratégias e programas de educação corporativa e os impactos que podem trazer para as organizações, baixe o Guia CESAR de Educação Corporativa.


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